26/12/2012

As maravilhas do mundo que não terminam

Este é o titulo da coluna de Marilia Mota Silva no Digestivo Cultural, de onde destaco o trecho a seguir:

"O desenvolvimento tecnológico de agora mudou nossos caminhos de maneira irreversível. Fez uma revolução silenciosa, profunda e pacífica e nos uniu a todos, ignorando fronteiras, diferença de idiomas, interesses políticos. Tornou a informação livre e a comunicação possível de um ponto a outro do planeta. E tudo indica que é apenas o começo - o quantum, os qubits sugerem dimensões impensáveis até há pouco tempo. Os limites entre o real e a ficção se confundem. Nem Nostradamus previu isso. Difícil imaginar como estaremos daqui a meros cinco anos."

Assino embaixo.

E, ainda, sobre a memória:

"Nossa memória é outro banco de dados que nos guia ao longo da vida e que também não merece muita confiança: editamos, apagamos, recriamos lembranças em nosso benefício ou das paixões que nos movem".

04/12/2012

Life is all memory...

“ Life is all memory, except for the present moment that goes by you so quick you hardly catch it going. ” — Tennessee Williams

13/09/2012

Para que serve o trabalho?

Provocativo texto publicado na seção opinativa do NY Times. Veja aqui o artigo na integra

28/07/2012

Narração e memória

Em uma entrevista , falando de A cidade ausente e A invenção de Morel (de Bioy Casares)Ricardo Piglia afirma que esses dois romances tratam do modo como se pode perpetuar o que já não existe, ou melhor, sobre o que fazer com as imagens e vozes perdidas que persistem como fantasmas nos vazios da memória. Assim é, na essencia, a narrativa de  A Cidade Ausente - mais uma brilhante obra do escritor argentino.
Um techo que simboliza bem a natureza do livro, diz:
" A realidade é interminável e se transforma e parece um relato eterno, onde tudo sempre volta a começar. Somente ela continua ali, igual a si mesma, quieta no presente, perdida na memória. Se há um crime, este é o crime. Já não tem imagens, na lembrança há apenas palavras, o quieto bater de asas dos pássaros, as vozes da noite."

28/05/2012

Esquecendo de mim

Sensivel e divertida cronica de Marta Barcellos no Digestivo Cultural
Trecho: Memória é o que há (...) Só que existe um problema: um belo dia, acordamos querendo esquecer. Há algo de insuportável em colecionar memórias. Principalmente nossas próprias memórias. Por mais que tenhamos inventado cuidadosamente a nossa autobiografia e recebido treinamentos intensivos nos últimos anos para deixar a modéstia e a discrição de lado, ser nós mesmos, com tanta intensidade, cansa (...)


11/02/2012

Os essenciais da literatura pós-moderna

Mais uma bem intencionada (e também polêmica) lista do tipo "10 mais". Vale conferir, inclusive as muitas sugestões feitas pelos internautas nos comentários, mostrando que não pode haver mesmo unanimidade neste tipo de relação.
Ausentes desta lista, mas lembrados pelos leitores, estão alguns escritores pós-modernos que não deveriam ser mesmo esquecidos:  Kurt Vonnegut, Paul Auster, Martin Amis, Italo Calvino , Roberto Bolano e até (por que não?) Virginia Woolf...  An Essential Postmodern Reading List
Tratando deste tema, uma digressão muito proveitosa pode ser encontrada no Digestivo Cultural

01/01/2012

Passado, presente e futuro na literatura


Citando Carlos Fuentes falando sobre a obra de Borges em A Geografia do Romance:

"Longe das histórias petrificadas e com os punhos cheios de pó arquivado, a história de Borges oferece a seus leitores a oportunidade de reinventar, reviver o passado, a fim de continuar inventando o presente. Pois a literatura se dirige não só a um futuro misterioso, mas a um passado igualmente enigmático. O engima do passado exige de nós que o releiamos constantemente. O futuro do passado depende de nós."

Outras considerações de Fuentes sobre Borges podem ser vistas no site The Modern Word