20/11/2013

A arquitetura da felicidade

"One of the great, but often unmentioned, causes of both happiness and misery is the quality of our environment: the kind of walls, chairs, buildings and streets we’re surrounded by."

Introdução de The Architecture of Happiness de Alain de Botton, um livro especialíssimo.

02/11/2013

Inicio e fim

Entonces descendió a su memoria, que le pareció interminable, y logró sacar de aquel vértigo el recuerdo perdido que relució como una moneda bajo la lluvia, caso porque nunca lo había mirado, salvo, quizá, en un sueño. (El Hacedor, J.L.Borges)

(...)

Un hombre se propone la tarea de dibujar el mundo. A lo largo de los años puebla un espacio com imágenes de provincias, de reinos, de montañas, de bahias, de naves, de islas, de peces, de habitaciones, de instrumentos, de astros, de caballos y de personas. Poco antes de morir discubre que ese paciente laberinto de lineas traza la imagen de su cara. (Epílogo de El Hacedor, J.L.Borges)

14/09/2013

Carlos Fuentes, Borges e a eternidade

Na Geografia do Romance, Carlos Fuentes define de maneira magistral e em um único parágrafo, a literatura de Borges, o seu lado impar e definitivo: "Longe das histórias petrificadas e com os punhos cheios de pó arquivado, a história de Borges oferece a seus leitores a oportunidade de reinventar, reviver o passado, a fim de continuar inventando o presente. Pois a literatura se dirige não só a um futuro misterioso, mas a um passado igualmente enigmático. O enigma do passado exige de nós que o releiamos constantemente. O futuro do passado depende disto"

Concluo: por isso Borges se situa um patamar acima de qualquer outro escritor...

02/06/2013

Sin la memoria, seria aún más angustiosa la vida

Passagem de El Mal de Montano, de Vila-Matas:
"y me digo que sin las ruinas de esos recuerdos, sin la memoria, seria aún más angustiosa la vida, aunque tal vez sea aún más angustioso darse cuenta de que cuanto más crece nuestra memoria, más crece nuestra muerte. Porque el hombre no és más que una máquina de recordar y de olvidar que camina hacia la muerte. Y no digo esto con tristeza, porque también es certo que la memoria, disfrazándose de vida, convierte la muerte el algo sutil y tenue.
Danzan para mi los recuerdos y me adhiero al tejido imprescindible de mi memoria y de mi identidad (...) y me digo que soy alguien sólo porque recuerdo, es decir, soy porque recuerdo, soy aquel a quien la memoria le ha ayudado simpre evitándole caer en una angustia total, le ha ayudado durante años con sus relampagos y destellos luminosos en los que, como un rayo de sol, dánza para mí cada día, encantador y trágico, el polvo trágico del tiempo"

31/05/2013

Um outro lado da memória...

Uma legendária reflexão de Oliver Sacks sobre “Quando as lembranças nos pregam peças”:
 “É espantoso perceber que algumas de nossas recordações mais queridas talvez nunca tenham acontecido – ou talvez tenham acontecido com outra pessoa. Desconfio de que muitos de meus entusiasmos e impulsos, que parecem ser inteiramente meus, tenham nascidos das sugestões de outros que me influenciaram, de modo consciente ou não, e depois foram esquecidas.

De modo semelhante, embora eu volta e meia faça palestras sobre tópicos similares, jamais consigo me lembrar exatamente do que disse em ocasiões anteriores, nem suporto reler notas antigas. Ao perder a memória consciente do que disse antes e não tendo texto em que me basear, descubro meus tópicos novamente a cada vez, e eles volta e meia me parecem novos em folha. Esse tipo de esquecimento talvez seja necessário para uma criptomnésia criativa ou saudável, que permita que pensamentos velhos sejam reunidos, retranscritos, recategorizados e imbuídos de novos significados…”

04/05/2013

Jean Baudrillard e os automatismos

Curioso observar na leitura de "O Sistema dos Objetos", escrito em 1968 a contemporaneidade dos conceitos formulados por Jean Baudrillard. Diversas passagens remetem às modernissimas bases da Automação Residencial, ainda hoje em formação. Senão, vejamos algumas passagens
"Como o objeto automatizado "anda por si", estabelece uma semelhança com o indivíduo humano autônomo e esta fascinação o empolga" (...) "a imagem que o homem projeta nos objetos automatizados é a autonomia da sua consciencia, seu poder de controle, sua individualidade própria" (...) " neste sentido, automatismo e personalização não são de forma alguma contraditórios. O automatismo é apenas a personalização sonhada ao nivel do objeto. É a forma mais acabada, mais sublime do inessencial, desta diferenciação marginal pela qual funciona a relação personalizada do homem com seus objetos"

É isso ! Nada mais atual, apesar das tres décadas de intensa evolução da tecnologia .

26/01/2013

Top 10 Existential Novels

Mais uma lista...encabeçada (com méritos) por O Estrangeiro de Camus, uma enumeração de novelas de todos os tempos tendo em comum o chamado "existencialismo".
Um dos comentários cita tambem  The Unconsoled de Kazuo Ishiguro, figuração obrigatória, um livro ímpar realmente.
Para conferir, via Cult Fiction