27/12/2014

Fim de ano

Descansar na serra, olhando para o poente. Ouvindo jazz dos mestres (Miles, Thelonius, Mingus). Lendo (relendo) Houellebecq, Vila Matas, Auster. Não importa como foi 2014... a transição para 2015 parece perfeita.

15/06/2014

Medindo o tempo?


Envolvidos pela vida nas cidades, inundados pela tecnologia, por que ansiamos frequentemente por um ambiente amplo, natural e, de preferencia, solitário? Talvez o texto a seguir, retirado de Ponto Omega de Don DeLillo, ajude a explicar:

"Está tudo impregnado, as horas e minutos, palavras e números por toda parte, estações ferroviárias, trajetórias de ônibus, taxímetros, câmaras de segurança. Tudo tem a ver com o tempo, tempo idiota, tempo inferior, gente consultando relógios e outros instrumentos, outros lembretes. É o tempo de nossas vidas escorrendo ralo abaixo. As cidades foram construídas para medir o tempo, para retirar o tempo da natureza. Têm uma contagem regressiva infinita"

02/06/2014

Os caminhos de Bartleby, o escrivão

O famoso personagem de Melville "já foi tomado como precursor do absurdo beckettiano, símbolo da luta anticapitalista e modelo de transtorno psíquico. Fascinou desde filósofos, caso de Gilles Deleuze, para quem o copista simbolizava a ''encarnação da fraternidade'', a escritores, como Jorge Luis Borges, que no célebre prólogo aponta uma afinidade secreta entre as ficções de Melville e Franz Kafka, sustentando que a obra do escritor tcheco joga sobre Bartleby ''uma luz posterior''. - da resenha de Marcelo Moutinho
Uma (re) leitura obrigatória, do clássico de 1853,